segunda-feira, 27 de abril de 2015

As Pílulas da Felicidade e a eterna busca pela vida perfeita

Trago hoje essa matéria do site obvious, que acompanho e gosto muito para uma reflexão:

A cobrança excessiva por uma vida perfeita e plenamente feliz desencadeia mais frustrações e até mesmo distúrbios mentais. As chamadas "pílulas da felicidade" deixaram de ser apenas alternativas de tratamentos psiquiátricos e são procuradas como a solução ideal para a criação de uma felicidade ilusória. 
"Pra quê pagar anos de terapia se apenas um remédio me deixará satisfeito?" Será? Será que um comprimido é capaz de tornar alguém feliz? Um comprimido com substâncias químicas vai tornar sua vida plena e realizada? Será que nossa felicidade deve ser moldada por substâncias químicas no nosso cérebro? 
É difícil para um depressivo encarar, além de desestímulos com a vida, outros sintomas mais fisiológicos e um tratamento psiquiátrico. Em determinadas ocasiões, pode ser necessário sim o uso de medicação. Se a pessoa começar a se sentir incomodada com situações de tristeza e anedonia, associado com outros sintomas como falta ou excesso de apetite, ansiedade extrema, falta ou excesso de sono, falta de concentração e irritabilidade é importante consultar um médico. O problema é quando os remédios são utilizados para erradicar qualquer situação de tristeza e frustrações do cotidiano.
Antes de mergulhar no mundo dos remédios psiquiátricos, é fundamental conhecer do que os mesmos se tratam e, o mais importante, conhecer a si mesmo para discernir entre o que é tristeza comum da vida e o que é uma “tristeza patológica”.
Thumbnail image for frustrated-computer-user-2000.jpg
Numa sociedade confusa e neurótica, as pessoas estão desesperadas para alcançar aquela felicidade plena, presente demasiadamente em redes sociais. Porque no Facebook todos são felizes, não é verdade? Daí, em momentos de decepção, por não estar dentro dessa felicidade de fachada, correm para medicação com o objetivo de criar uma ilusão construída quimicamente. Como resultado, tomam-se os remédios que proporcionarão apenas prazeres momentâneos. 
De fato, é complicado falar em felicidade quando a sociedade vive em uma crise psíquica generalizada. O que não significa que precisamos concentrar todos os nossos esforços dentro de um comprimido. Eles não constroem uma vida feliz. A busca da cenoura inalcançável da felicidade é mais complexa do que um mero comprimido. Aliás, o que é felicidade mesmo? Talvez esta pergunta deva ser analisada antes de começar qualquer tipo de tratamento psiquiátrico.
Felicidade não tem fórmula pronta. O que tornará alguém satisfeito diante da vida dependerá dos seus objetivos e como lidar com as consequências dos obstáculos que aparecerão no meio do caminho. Tomar um comprimido é fácil, é prático, é simples, mas não é uma pílula mágica. A magia da felicidade depende da trajetória de cada um e de como enfrentar os percalços da vida.
Somos seres humanos e nascemos para sentir alegria, raiva, amor, esperança, mas também nascemos para sentir tristeza e decepções. Momentos de fracasso e frustração são importantes para nos conhecermos melhor e sabermos lidar com maturidade os obstáculos que permeiam a nossa vida. O mal estar é extremamente incômodo, mas necessário para nos despertar do conformismo e poder lidar com mais força com as diversidades que a vida nos impõe.

Pense nisso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário